Amar alguém nos transforma em pessoas melhores, amar é aprender cuidar de outro ser além de nós mesmos, e no caminho entendemos que isto nos faz muito bem e completa o sentido de nossa existência. É um desafio diário amarmos as pessoas que escolhemos para estarem ao nosso lado, e também aquelas que não foram escolhidas, mas fazem parte de nosso DNA.
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” Uma célebre frase de Antoine de Saint-Exupéry revela a grande responsabilidade que assumimos ao dizer a alguém “eu te amo”; criamos vínculos invisíveis com o pessoa amada, e ela conosco, e amando verdadeiramente, direcionamos nossa existência em favor do outro, ele se torna nossa prioridade.
E quando achamos este alguém, nossos corações aceleram sem controle, sentimos um frio na barriga, nos perdemos em nossas palavras e muitas vezes, demoramos a ter coragem para expressar nosso desejo de amá-la, com medo de uma resposta negativa.
Quando ouvimos um sim, acontece algo mágico, algo novo, cresce em nós um desejo sobrenatural de agradar o alvo de nosso amor. Planejamos situações, compramos presentes, organizamos viagens, resumindo: desafiamo-nos a fazer coisas em favor do outro.
Uma joia é um símbolo real daquilo que não é visível, carrega em si uma caixa de lembranças de emoções, de sentimentos e das intenções que são produzidas nas mentes e corações a partir do momento que ela se torna um presente a alguém que amamos. Existe uma grande diferença entre uma aliança de casamento exposta numa vitrine e a que carregamos em nossas mãos, uma carrega nossa história a outra é ainda somente uma joia. Elas carregam histórias de casamentos, nascimentos, formaturas, conquistas marcando cada momento de nossas vidas.
Um dia, eu vi um senhor com 60 anos chorando na loja, ele havia perdido uma corrente em ouro que havia ganhado de seu falecido pai, ele contou toda a história de quando ganhou aquele presente e narrou tantos sentimentos conectados àquele momento que todos nós ficamos emocionados. Depois de algumas semanas conseguimos achar uma quase igual, felizmente ele pode segurar um pouco as lágrimas.
Algum tempo atrás minha esposa chegou chorando em casa, ela havia perdido um pingente: dois bonecos de ouro soldados um ao outro, um menino e outra menina. Entendi perfeitamente a situação, nossa primeira filha demorou um pouco a chegar, após longos anos de tentativas e fracassos ela nasceu em 11 outubro de 2012, naquele dia eu a presenteei com a boneca. O segundo filho nasceu em 2016. Não era um pingente qualquer, era o símbolo de um presente divino, carregava uma linda história.
São muitas histórias, nós nos dedicamos em participar e vivê-las através de nossas joias, pois entendemos que não são somente joias.